Neozzotty paredes's Comments

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At 1:35am on August 27, 2009, Warren Jeffrey Motter said…

At 1:26am on July 25, 2009, neozzotty paredes said…
[URL=http://s720.photobucket.com/albums/ww210/neozzotty/?action=view&current=5f054737.pbw][IMG]http://s720.photobucket.com/albums/ww210/neozzotty/th_LastScan-4.jpg[/IMG][/URL]
At 1:24am on July 25, 2009, neozzotty paredes said…
At 1:24am on July 25, 2009, neozzotty paredes said…
thank you love............
At 4:27am on July 13, 2009, Warren Jeffrey Motter said…


The Music of the Soul is Love
At 6:31am on May 24, 2009, Geraldo Maia said…
CONCRETA

A cidade é um câncer
em metáspolis concreta
Aglomerado de retas
vorazes devoram o tempo

Cada cidade é um tumor
de asfalto desembestado
Arquitetura em blocos
de sonhos dissimulados

Corre nas vias urbanas
cio de aço e violência
Um fermentado de plástico
e pedaços de ser humano

Na cidade o coração
pulsa conforme o mercado
A emoção é o lucro
do prazer financiado

Com juras de fiel cidade
Promessas de voto em vento
De devoção ao fomento
das catedrais que Deus vale

Toda cidade tem alma
e desejos de metrópole
que rolam pelas escadas
fashion do lixo shopping

A cidade é uma pilha
de tijolos e corpos
emparedados entre olhos
no rito fixo das filas

Milhares se buscam invisíveis
e se desviam nos bolsos
Se pegam pagam e só notam
no dia seguinte do troco

A cidade é um totem devasso
em caos de carícia e medo
Orgasmos em pleno trânsito
Entre a pressa e o passeio






A cidade é o paraíso
do preço e da negociata
Na hora do rush é o racha
entre o maldito e a beata

A cidade é um poema
riscado com sangue grafite
nas esquinas encapuzadas
que a noite recita entredentes


com amor
At 5:37am on May 24, 2009, Geraldo Maia said…
VESTÍGIOS

Cada vez que me lembro de
ti o vento de tão triste
Esbarra na cumeeira do
desejo e eu te vejo
Vagar entre os escombros
dos sentidos a procura de um
pedaço de motivo
Vestígios de beijo na ternura
Gotas de sonho atrás da porta
Onde uma vela de volta
Risca teu nome na fumaça
Lembro de ti e aquele vestido
Todo tecido de mágoa
Mesmo riscado de alma
Enlameado de lágrima
Não conseguiu te deter
Às vezes me lembro de ti
com um jeito assim de mar
quando chega ao fim do porto
não existe nenhum barco
capaz de romper com os laços
esquecer que a dor de cais
só passa quando é demais
a saudade de teus braços

Geraldo Maia


besos,
cariño,
gracias,
Geraldo Maia
At 6:59pm on May 18, 2009, Geraldo Maia said…
LATINO AMERICANO OU LATINOAFROABYAYALANO ?

Pra Mario Benedetti - in memorian

Passados cinco séculos pouco tem sido divulgado e valorizado nas sociedades eurocêntricas do poderoso legado de arte, de pensamento filosófico, de ciência, de política, de tecnologia, de alma e de sentimento, toda a maravilhosa herança cultural material e imaterial de nossos antepassados indígenas e africanos.

E a maior prova desse descaso é o nome Latino América ou América Latina. Nós nos chamamos pelo que os outros decidiram nos chamar de América Latina, mas pouco paramos para avaliar o que esse nome significa, o projeto político que está por trás dele, de dominação imperialista norte-americana e européia.

Vejam bem, América quer dizer o que? De que povo, de que parte do planeta, de que civilização vem esse nome? Ora, América é apenas o lugar onde Américo Vespúcio andava, "as terras onde Américo está". De tanto falarem assim, deram a essas terras o nome de América. E Latina? É para contemplar os países neolatinos, os invasores/colonizadores, a presença dos europeus entre nós. Mas e os povos nativos, onde estão contemplados nesse nome? E os africanos?

Vejam bem, América Latina contempla o projeto de erradicação das populações nativas e negras desses continentes, de extermínio dessas populações, as primeiras, as legítimas donas dessas terras, terras fecundas (Abya-Yala quer dizer “terra fecunda” em língua Kuna). Os negros, trazidos à força para o trabalho escravo, com o "fim" da escravidão foram vistos pelos escravocratas como "dispensáveis", melhor sumir com todos, "branqueá-los", para não ter que pagar as dívidas enormes que esses caras contraíram com eles.

Aí os escravocratas pensaram, “melhor exterminar tudo” ao longo de um processo de massacre que dura até hoje, de índios e negros. Já o nome Latino AfroAbyaYala significa a presença dos latinos (europeus), já que não vamos "exterminá-los", como ainda querem e tentaram várias vezes fazer na marra com os índios e negros, e significa principalmente a inclusão dos nativos (índios de Abya-Yala, a terra fecunda) e dos africanos que para cá vieram na marra, mas que construíram e constroem um imponente e importante legado civilizatório nas terras de Abya-Yala.

O nome América fica descartado porque não possui relação alguma com as populações nativas e africanas e já está contemplado no nome Latino, e, como vimos, foi incorporado errôneamente pelos europeus que ocuparam o norte de Abya-Yala, que passou a ser chamado pelos europeus e seus descendentes protestantes como América do Norte.

A partir daí os americanos, que construíram o único país sem nome do planeta, e às custas da rapina geral, em sua sede de dominação, começaram a chamar tudo por aqui de “América”, e dividiram, para melhor dominar, em América do sul, América central, América hispânica, América andina, América latina, mentira: NÓS SOMOS ABYA-YALA.

Os americanos chamam seu país de Estados Unidos da América. Não tem nome. Deveria ser “Estados Unidos de Tal”, ter um nome como Brasil, França, China, etc, etc. Por isso E. U. A. significa “Eu Usurpo a América”. E US significa Unidos Saquearemos (risos). Criaram tantas Américas, mas só eles são americanos. Então, deixemos a América para os americanos, NÓS SOMOS LATINOAFROABYAYALA.

Pois é, apesar do nome América ter vindo de Américo Vespúcio, bucaneiro salteador que andou por essas terras contratados por banqueiros mafiosos da Europa as elites mandatárias, como adoram fazer, prestaram uma homenagem a um salteador. Estrangeiro para elas é tudo maravilha, mesmo bandido. Os povos nativos e os africanos quase nunca são homenageados. Ficam de fora, ficaram de fora nesses últimos séculos e quase ninguém diz nada, todo mundo engoliu esse absurdo, tem gente que ainda diz “soy louco por ti américa”.

Então, o nome correto mesmo é Latino AfroAbyaYala. Aí sim, estão contemplados todos os povos que participaram da construção dos países e nações latinoafroabyayalanos. E por que não latino afro indígenas? Quando Colombo (outro bucaneiro salteador) chegou a esse continente pensou ter encontrado as índias, e aí começou a chamar seus habitantes nativos de “índios” e “índias”.

Mas estava enganado, ele tinha chegado ao continente abyayalano, norteabyayalano. O nome “índio” passou a designar todos os habitantes nativos dos continentes abyayalanos.

Daí para não corroborar com esse engano é melhor cunhar AbyaYala para homenegear os povos nativos massacrados impiedosamente pela civilização “cristantan”. Então, latino americano contempla apenas os europeus e seus filhos tornados estadounidenses. Mas latinoafroabyayala mantém a presença latina (européia/estadounidense), mas inclui, enfim, os povos nativos e os africanos.

O nome AbyaYala é ainda quase desconhecido pela maioria das populações urbanas. O nome América é o dominante, mas não corresponde a nenhuma realidade dos povos dos três continentes.

Mas AbyaYala é uma das denominações originais dos três continentes. A mais conhecida delas, e quer dizer, TERRA FECUNDA, em lingua kuna, nativa do Panamá, em quéchua, wayuu e tantas mais. Mas existem outras denominações (Fillmapu, Katigara, Pindorama, etc) que contemplam a existência de diversas línguas e nações que não são de origem latina: Maias, Malês, Bantos, Nagôs, Angolanos, Jejes, Incas, Haussás, Astecas, Mapuches, Guaranis, Araucanos, Quéchuas, Pataxós, Tupis, Olmecas, Lacandones, Kunas, Paez, só para citar alguns dos inúmeros povos que existiam e ainda existem nos continentes latinoafroabyayalanos há 5, 10, 20, 50, 60 mil anos antes dos latinos (ibéricos, franceses, italianos) chegarem.

E o pior de tudo é que ainda desconhecemos a realidade hodierna da imensa maioria das populações dos países latinoafroabyayalanos (nativos, africanos, criollos, caboclos, sertanejos de todos os países irmãos de Abya Yala e África). Porque, no caso do Brasil, preferimos ficar de costas para a realidade desses países, ao longo e além da cordilheira dos Andes e indiferentes ao que se passa no nosso continente de origem, o africano, apesar da maioria negra presente em nossa população, mas ainda tratada com desdém e com indgnidade pela parcela ainda dominante da sociedade branca europeizada e norteamericanizada.

Mas, um outro mundo é possível, outros mundos são viáveis, estão à vista, só precisamos encarar essa realidade latinoafroabyayalana no que ela tem de melhor e mais profícuo, conhecer um pouco essa realidade, e a partir desse conhecimento mútuo elevarmos a nossa auto-estima como povo e como cidadão para exigirmos a construção de outros modos de vida mais justos e mais dignos da obra prima de NhanderúOlorumDeusaDeusNatureza, o SER HUMANO, individual e coletivamente, até então relegado a uma mera mão de obra.

Porque a civilização branca eurocêntrica norteamericanizada está falida como civilização de seres humanos, não há mais seres humanos, nem mesmo seres, quase todos estão transformados em mercadoria, produtos para o consumo imediato e descartável, consumir passou a ser a única função dos humanóides, esses sim, totalmente desprovidos de alma, de espírito, de pensamento, de sentimento.

Parece que não existe uma saída para esse impasse. Mas é justamente nas populações até então repudiadas, humilhadas, tratadas com a maior brutalidade pelo mundo chamado de civilizado, nesses povos atirados ao abandono, às doenças, à miséria, à fome, ao massacre, é nessas populações das quais foi extirpado todo e qualquer direito a uma vida com dignidade que está a única chance de continuidade para a vida como um todo.

Exatamente na herança cultural nativa e africana é que reside a reserva de alma, de sentimento, de pensamento, de espiritualidade, de criatividade, de sonho, de invenção, de poesia onde a humanidade poderá buscar o antídoto para o seu processo, até então irreversível, de suicídio coletivo ante o altar do mercado.

Geraldo Maia
At 3:44am on May 16, 2009, Geraldo Maia said…
TANGO PARA A VIÚVA DO VENTO

Tenho para ti um cardápio de almas insepultas que voam
Nas baladas com cheiro de dark room e taxistas adúlteros
Assobiam suas cadelas perto do ponto da picape morta
Por um menino com jeito de rosa e alabastro
Pensei em passar antes em teu velório para te levar
Ao hospício das lojas onde recitaríamos Teresa Russo
Em inglês só para curtir com a cara dos elefantes
Sem pavio e sem cadeiras de rodas e tão tortos que
Ninguém era capaz de reconhecer seus endereços
E suas meias tristes com anzóis entupidos de cais
Ah não tenho palavras para cuspir em teu ataúde
Tento tantra e algo telúrico toma meu tesão
E fico por um momento querendo te levar
Para as pedras da praia onde vou te fuder com fúria
E assombro por todos os tentáculos do meu desejo
Todos os buracos do teu beijo cabem um pênis
Em pânico torturado por uma legião de punhetas
Totalmente culpadas e sem o mínimno de sal
É verdade que choras sob teu suor violentado
Havia luto em tua salsicha e moscas em tua bíblia
Até que Theresa Russo irritada recitou em voz
Zeferina a primeira página de “Zefa e o galinho
Pé duro que cansou no caminho das índias”
Foi um arraso que não mais parecia um funeral
Ficou tipo coisa de antro com uísque barato
Apenas tu mantinhas firme o teu sorriso frio
Agudo e tão afiado que lembra mais um navio
Com dor de corno ou uma presilha com abano
Então foi chegada a hora da lua sem calcinha
Verter sua cinderela acuada em ponto de bala
Todos os olhares foram beber em sua buceta
O último gole de absurdo metido no nariz
Do vento que soprava sua carreira completamente
Extenuado e sem suspensório de mar e sem colo


Geraldo Maia

beijo
At 2:46am on May 15, 2009, Geraldo Maia said…
DESERTOS


Se o sol perder o ânimo
Se a lua entrar em pânico
Se a chuva errar de alvo
Se o mar se por a salvo

Se a terra abortar
O estupro do átomo
Se o vulcão devorar
As luas de asfalto

Se o vento escapar
Pelo horizontes
Se o amor implodir
Nos indiferentes

E se o rio engasgar
E se a ponte fingir
E se a rua ruir
E se o riso rasgar

E se o olhar tropeçar
E cair no espelho
E se o cheiro do tempo
Estiver vencido

E se o gosto do veneno
For o antídoto

E se tocar der barato
E se ouvir for calar
E se falar for sem rosto

E se efeito de pensar
For imediato
E se todo sentimento
Investir no mercado

E se as cédulas
Rasgarem as celas
Sem piedade
E se as selvas
Salvarem as cidades
Do vírus
Civilizado

Então está revelado: é hora de se
Despir
Do deserto das casas

É hora de se vestir asas de
Audácia
E sobrevoar a culpa do
Perdão
E se exercitar nos
Gestos
O coração

beijo carinhoso.
Grato,
com amor,
Geraldo
At 9:10pm on May 13, 2009, Anthony (Tony) Janflone said…
Great having you as a friend!! GIANT HUGS & SMILES to you!!
God bless you.
At 3:56am on May 12, 2009, Geraldo Maia said…
O que houve com vc nessa foto? Está chorando, muito triste, o que foi, o que sucedeu? Conta pra mim, pode ser? Gostaria de ajudá-la a nunca mais passar por um sofrimento desse que está aí estampado em seu rasto crispado de dor e desespero. Conta mim, quero ajudá-la, com poemas, com atitudes, com vibrações, mentalizações e diálogo, conversa ou qualquer outro tipo de ajuda. Tel me, please.

Beijo carinhoso,
with love,
Geraldo Maia
At 3:51am on May 12, 2009, Geraldo Maia said…
A FLOR DO AMOR

o melhor lugar é amar
onde o tempo faz sentido
você dança em meu umbigo
eu me lambuzo no riso
do seu prazer
melhor ainda é amar você
caminhar no teu delírio
acarinhar a cantiga
que sai da pele
sorver o som do suor
que abastece a sede
das entranhas
e amar com tanta intensidade
faz da ternura pasto da saudade
faz da manhã o presente do agora
e é tão veloz que tudo mais demora
quando o amor aflora
e faz da flor você.

beijos,

geraldo maia
At 5:54pm on May 11, 2009, Geraldo Maia said…
UM INFINITO POR SEGUNDO

a mim interessa que estejas viva
um infinito por segundo
importa para mim que estejas no mundo
e só exista porque estás inteiramente única
tudo ganha vida porque estás viva
quando estás em vida o universo gira
no teu sorriso
quando respiras é o mar que adormece
fatigado de tua espera
e tuas mãos arquitetam pontes
por onde o vento escapa da solidão dos bares
em tuas veias passam versos em fuga
do morde-assopra arritimado
que o coração nada entende
de regras e compassos
apenas canta sua louca batida de emoção
sua canção de entorpecer vazios
tudo em ti tem um significado intenso
importa muito para mim que estejas nua
a gritar na noite teu filho morto
teu grito de azeitona e pântano púrpura
importa para mim tua cadela sísmica
tua tempestade de magoas
que logo escorre na vitrine da loja de
pequenos escuros em laços de cristal
e piano
eu quero o teu mundo de dança e revolver
teu fecho-eclér com sono num vestido morto
como aquela criança que nos olha do abismo
com um sorriso de perdão insuspeito
vem para o meu jeito de dizer que te adoro
para o meu colo que te fustiga e acalenta a loucura
vem
vem
vem enquanto nenhuma palavra vale coisa alguma
vale mais que tua presença em meus braços sem rumo
e a noite de inverno é uma miragem dura
mas logo alguém oferece um café e convida para
morder a lua cheia
da janela do quarto
então abraço tua presença
arranco as farpas e os revides
e te faço um convite
ao amor
sob todas as rimas

Geraldo Maia

for you and your female force like a an blowup of sun and mooon.

kisses
with love,
geraldo
At 4:49pm on May 11, 2009, Geraldo Maia said…
NOITE SEM OLHOS

de um cristal com sono esculpi teu beijo
e da fome ancestral da cebola colhi meu riso
estavas num barco sem pétalas só um símbolo
de asas inquietava teu colo na noite sem olhos

e de ti me tomastes pelo avesso
de tua fundura onde um menino dança
de tua flor sem soluços principiei meu sonho
estavas nua e apenas o som te amava

o sol sem ruas esperava o mel de tua pressa
e por aí andavas desde que me viciei em tua ternura
ah flor de saudade água de pássaro com soluços
talvez ainda em mim resista a sombra do teu rastro

escrevi para ti um mar em forma de grito
estava em pleno abraço com o abismo
então chegaram tuas coxas de argila
dois túneis de alasbastro com corcéis famintos

mas não havia para mim senão teus dedos
a pintar de chuva os desvios do coração
não havia cor nesses versos fatigados
de ânsia e de soldados

Então alguém apaixonado plantou um
pouco de música no poema
mas não havia sequer um poema ou lago
era só uma paixão dessas viciadas em pássaros
do mesmo sexo que a música no poema
nenhum mérito de improviso
o amigo põe música no amigo
e apenas por isso a poema existe

nada em si mesmo justifica seus versos
nada só a trama das espadas
nenhuma metáfora que o valha
nenhuma invenção do vazio ou
um arquiteto de plumas

e é tão leve a perfeição que resvala
na primeira falha de tua palavra fria
tão fria que não cabe mais num rio
só sabe perseguir relógios de alma antiga
são parecidos com lágrimas encardidas
dessas com o soluço envelhecido

um dia esperam que o barco engula o nevoeiro
e possam então olhar
e compreender que o cais não tem outra porta
que amanhecer



beijo,
luz e paz
com amor

Geraldo Maia
At 1:20am on May 11, 2009, Geraldo Maia said…
GERAÇÃO DE MARÇO
(Quase um hino)


Nós somos a geração de março
trazemos vendas nos passos
e fechaduras solitárias nos olhos

Nós somos a geração de agora
Não sabemos o dia em que estamos
a mercê de nossa demora

Nós somos a geração híbrida
(de laboratório)
Vivemos nos corredores
entre horários afiados
e o descanso das sepulturas

Nós somos a geração estúpida
Ficamos sempre em dívida
com a nossa dúvida
e não contestamos

Brigamos nas mesas dos bares
as boas notas tiradas
nas aulas de covardia

Nós somos a geração sem voz
Sem olhos
e sem história

Somos cordeiros dopados
Somos o consenso do medo
Somos o corte do grito
Somos o som do arbítrio
Somos o quadro-frio do "NÃO"
A gravidez prolongada
da exceção

Somos sócios da indiferença
Somos a chave da violência
Somos as peças dos tecnocratas
Somos as cordas da repressão
A partilha hereditária
da corrupção

Nós soms fabricados em série
nas escolas e universidades
e vendidos no mercado
ao preço da usura

Somos sim funcionários da tortura
frutos do absurdo
que são todas as ditaduras

Nós somos uma geração de culpados
e ainda seremos culpados
pela próxima geração

se consentirmos ser
enquanto trocam os termos
que a liberdade nunca ditou

se consentirmos estar
ao lado do corpo abatido
naturalmente
como o corpo abatido

Somos culpados em máxima culpa
porque maximizamos as desculpas
e minimizamos fazer!

Nós somos a geração castrada
comemos "pão-com-cocada"
"rotidoguicumustarda"
fumamos a "palha da braba"
cheiramos o "pó das estradas"
nas reuniões marrr giiii naaaaiiiisssss...

Nós somos a raiz do mal
o radical doente
mas

apesar em nós
essa loucura
somos de repente
A CURA!
A CURA!
A CURA!
(oxénte!)

Geraldo Maia
beijo
At 8:08pm on May 10, 2009, ShAshi DhaR said…
Thank you for being my friend.Love and regards from India.
-Shashi
At 2:03pm on May 3, 2009, Clemens said…
Love is always present, in the world, in nature, in us. What changes is our realisation of it.
Sending you a hearty smile from nature, dear Neozzotty.
love without end, Sandavala



P.S: You love angels? YOU are an angel - vivid and versatile - thanks for being here, my dear friend!

At 1:33am on April 27, 2009, Motorcycle Hippy Al said…
To My Dear

Neozzotty

Be With You, Motorcycle Hippy Angel Al

At 1:12am on April 27, 2009, Bassam said…

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